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Esportistas de todo o mundo se manifestam contra o racismo

Esportistas de todo o mundo se manifestam contra o racismo. Fico muito irritado quando assisto entrevistas dos atuais jogadores de futebol. A maioria absoluta deles tem o mesmo discurso superficial onde falam e não dizem absolutamente nada. Alguns até demonstram rara habilidade com a bola nos pés, porém quando são chamados a darem opinião são rasos intelectualmente.

Nessas horas sinto uma imensa saudade de jogadores como Afonsinho, que atuou nas décadas de 1960/70, e Sócrates, o ídolo do Corinthians que jogou entre os anos 1970/80. Poderia citar outros mas vou me ater apenas a esses dois craques. Ambos tinham em comum a habilidade técnica, a inteligência, eram meias e médicos. Além desses predicados eles eram politizados e não evitavam dar opiniões sobre os principais problemas políticos e sociais do país. E isso em um período muito difícil politicamente na história do Brasil.

Afonsinho, que jogou no Santos, Botafogo (RJ), XV de Jaú, Olaria, Vasco, Flamengo e Fluminense, foi o primeiro jogador a conseguir passe livre no Brasil, em 1971. Lembrando que esse direito os jogadores só adquiriram 27 anos depois através da Lei n° 9615.

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O Doutor Sócrates marcou época pelas posições políticas que assumia dentro e fora dos gramados (Foto: FIFA)

Já o Doutor Sócrates, como era carinhosamente chamado pela torcida corinthiana, marcou época pelas posições políticas que assumia dentro e fora dos gramados. Juntamente com Casagrande e Wladimir, liderou o movimento que ficou conhecido como Democracia Corintiana e participou ativamente do movimento Diretas Já, que pedia a redemocratização do Brasil.

Ele aproveitava o seu prestígio no futebol como instrumento para exercer sua liberdade de expressão. Tanto que comemorava seus gols com o punho cerrado erguido aos céus, tal como os Panteras Negras – movimento revolucionário dos Estados Unidos.

Feita essa longa introdução, fiquei muito feliz ao ver esportistas de todo o mundo demonstrando solidariedade ao movimento “Black LivesMatter”– “Vidas Negras Importam”, em inglês -, que exige justiça no caso da morte do negro norte-americano George Floyd por policiais de Minneapolis.

Que bom ter visto o atacante Marcus Thuram se ajoelhando após marcar um gol na vitória do Borussia Mönchengladbach sobre o Union Berlin, no Campeonato Alemão. O francês repetiu o gesto de Colin Kaepernick, ex-jogador do San Francisco 49ers da NFL (liga de futebol americano dos EUA), em 2017, durante a execução do hino nacional dos EUA, em protesto contra a contra a violência policial e a desigualdade racial no país.

Também na Bundesliga, o atacante inglês Jadon Sancho, do Borussia Dortmund, protestou exibindo uma camiseta escondida sob o uniforme do time com a mensagem “Justice for George Floyd” – “Justiça para George Floyd” – após marcar um gol.

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Jadon Sancho, atacante do Borussia Dortmund, protestou exibindo uma camiseta escondida sob o uniforme do time (Foto: Reprodução Instagram Sanchoo10)

Durante toda a semana, muitos outros atletas também se manifestaram através das redes sociais com as mais diferentes mensagens sobre o mesmo assunto. Entre eles, o atacante do PSG, o francês KylianMbappé, e o hexacampeão mundial de Fórmula 1, Lewis Hamilton, que tem mais de 5,7 milhões de seguidores no Twitter, O astro inglês postou um vídeo de uma jovem negra americana chorando sobre o racismo nos EUA.

Outra esportista negra, a tenista Serena Williams propagou o vídeo “Don’t Do It” da Nike juntamente com a mensagem: “Não finja que não há problema na América”.

Na Premier League, jogadores do Liverpool e do Chelsea divulgaram fotos em solidariedade ao movimento contra o racismo. Em ambas as imagens os atletas ajoelhados em sessões de treinamento das equipes. A foto foi retuitada pelas contas oficiais de ambos os clubes.

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Jogadores do Liverpool ajoelhados no gramado do estádio Anfield Road em solidariedade ao movimento “Vidas Negras Importam”(Foto: Andrew Powell/Liverpool FC/Twitter)

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Fico pensando se no Brasil os campeonatos já tivessem sido retomados se os jogadores também iriam aderir em solidariedade aos movimentos contra o racismo que acontecem mundo afora. Ou será que, apesar da pandemia da covid-19 que está matando milhares de brasileiros diariamente, iriam fazer dancinhas coreografadas na hora do gol. Melhor não saber!

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Roberto Maia é jornalista, cronista esportivo, editor da revista Qual Viagem e do portal Travelpedia.

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