A inclusão social se mostra um desafio para muitas áreas e instituições, faltam recursos e preparação de profissionais para atender diferentes demandas. Mas, o que vêm se mostrando um grande aliado dessa pauta é o esporte, atendendo diversos grupos vulneráveis, principalmente em relação a PCDs(Pessoas Com Deficiência). De maneira que, hoje, certos esportes já possuem recursos para acolher este grupo, em especial o futebol paralímpico.
Esta modalidade dentro do futebol tem ganhado espaço no futebol nacional e até internacional, sendo que clubes como o Corinthians possuem seu próprio elenco no futebol paralímpico. Para ser mais específico, os mais conhecidos são o “futebol de 5”, que é destinado para pessoas com deficiência visual, e o “futebol de 7”, que é voltado para pessoas com paralisia cerebral.
Entenda mais sobre o que se trata o futebol paralímpico, sua história, os grupos que são notórios em participação, os atletas renomados e quais clubes possuem elenco nesta modalidade. Além disso, vislumbrar a capacidade de inclusão social pelo esporte é aqui também um objetivo.
O que é futebol paralímpico?
De forma simples, é a adaptação do futebol tradicional para PCDs, possui regras, normas e regulamentação específica para cada modalidade atendida, normalmente sendo mediada pela FIFA. De forma que, a especificidade de cada pessoa seja atendida, desde o solo utilizado em campo, até equipamentos auxiliares.
Notoriamente, as modalidades mais conhecidas dentro do futebol paralímpico são: o futebol de 5 e o futebol de 7. O primeiro, é para pessoas com deficiência visual, sendo separado em graus do quanto a visão do atleta necessita de recursos para jogar. Já o futebol de 7, é o futebol para pessoas com paralisia cerebral, também sendo separado em certos graus de qual é a especificidade dos jogadores, se possuem dificuldades de locomoção ou coordenação.
Futebol de 5
O futebol de 5 tem suas raízes, no Brasil, desde as primeiras décadas do século passado, em meados da década de 30, com a maior popularização do futebol, em específico o futsal, o esporte era praticado em todos os lugares, sejam academias ou campos de várzea. Analogamente, também esteve presente em instituições para cegos, que praticavam o esporte nos momentos de intervalo.
Estes foram os primeiros indícios de um futebol inclusivo para cegos, mas não foi só no país que houve esse fenômeno, a América Latina num todo, assim como alguns países na Europa se inclinavam para a prática do futebol de 5, antes mesmo de ter este nome.
Dessa maneira, a modalidade do futebol paralímpico foi ganhando forma com o passar das décadas, cada país contribuiu um pouco para a elaboração e concretização do esporte, por exemplo, no Brasil o uso de latas ou sucatas como bola, ou até amarrado nelas, foi uma das contribuições para o futebol de 5.
Foi só ao final da década de 90, que a Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBAS) em um movimento global, articulou as federações de outros continentes para a regulamentação e criação das regras do esporte, a fim de oficializá-lo. E, foi em 2004 que o futebol paralímpico ganhou repercussão e maior difusão, ao ser estreado nos Jogos Paraolímpicos de Atenas.
Indo para os aspectos técnicos, o futebol de 5 é praticado em quadras de futsal com solo adaptado, mas oficialmente é praticado sobre grama sintética, estabelecidos pelos padrões FIFA.
Os jogadores usam vendas e tocá-las pode eleger uma falta, os únicos que não usam venda no jogo são os goleiros, que para participar não podem ter jogado em competições oficiais da FIFA nos últimos 5 anos. Além disso, os jogadores em alguns momentos podem contar com um apoio de um “guia”, que está fora de campo e oferece assistência em momentos específicos.
Nas linhas laterais, existem faixas que sinalizam para os jogadores que é o limite do campo, como também existem bandas para não permitir que a bola saia de campo. As medidas do campo são iguais às do futsal, são vinte metros de largura por quarenta de comprimento e, muito diferente dos estádios ou quadras esportivas, o local onde é realizado o jogo deve ter quase nenhuma poluição sonora, sem ecos, como também a torcida só pode se manifestar nos momentos de pontuação.
A bola utilizada em jogo possui guizos em seu interior, a fim de facilitar a sua localização. O esporte é dividido em três categorias: B1 (cegos totais ou com pouca percepção de luz), B2 (atletas com percepção de vultos), B3 (Atletas que reconhecem imagens e figuras).
Ademais, são dois tempos de jogo que contam vinte e cinco minutos, somados a dez minutos de intervalo. O Brasil, ao longo da história do futebol de 5, levou para casa quatro medalhas de ouro nas paraolimpíadas.
Futebol de 7
Outra modalidade dentro do futebol paralímpico é o futebol de 7, ou futebol PC, destinado a pessoas com paralisia cerebral, que sofreram AVC ou outros tipos de lesões traumáticas no cérebro.
Assim como o futebol de 5, essa modalidade segue normas da FIFA modificadas para atender as demandas dos jogadores, como tamanho do campo reduzido, a possibilidade de utilizar apenas uma das mãos em arremessos laterais, a marca do pênalti fica a menos de 10 metros do gol e não possui impedimento. São sete jogadores para cada lado do campo, sendo seis em linha e um goleiro. O jogo é dividido em dois tempos, cada um com trinta minutos de duração, contando com dez minutos de intervalo.
O esporte é separado em categorias, com o intuito de colocar jogadores em consonância no campo, estas categorias são: FT1 (comprometimento severo da locomoção ou coordenação do atleta), FT2 (comprometimento mediano) e FT3 (comprometimento leve). O Brasil, nas paraolimpíadas, já levou para casa duas medalhas de prata e uma de bronze para casa, e o Corinthians é o clube nacional mais notório na modalidade.
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