As eleições no Corinthians estão chegando! Com o Campeonato Paulista está paralisado devido à pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19), os clubes deram férias coletivas aos jogadores até 20 de abril e os clubes estão com os portões fechados aos associados. Porém, a agitação tem sido intensa através das mídias sociais e grupos do WhatsApp.
Com eleições marcadas para o próximo mês de novembro, a temperatura anda bem alta nos bastidores do Parque São Jorge, a sede social do Corinthians.
Com dívidas altíssimas, a situação financeira do Timão pode ainda se agravar muito mais em virtude da ausência de receitas durante a paralização por conta do covid-19.
Grupos de oposição ao presidente Andrés Sanchez
trabalham incessantemente na tentativa de viabilizar condições para tirá-lo do comando do clube.
Pouco antes da decretação do isolamento social em São Paulo, opositores protocolaram um requerimento pela rejeição das contas do clube do exercício de 2019.
A reunião do Conselho Deliberativo para analisar o tema estava marcada para acontecer em abril, mas deverá ser adiada para mais adiante.
Especulações dão conta que o déficit – apenas em 2019 – seja algo em torno de R$ 170 milhões. Caso as contas sejam rejeitadas, Andrés Sanchez poderá sofrer processo de impeachment.
Importante ressaltar que essa dívida em questão não leva em conta as da Arena Corinthians que é administrada de forma isolada das contas do clube e também tem números milionários.
O documento foi encaminhado a Sanchez, ao Conselho de Orientação (CORI) e ao Conselho Deliberativo e tem como base empréstimos realizados pela presidência – superiores a R$ 10 milhões em 2019 – sem aprovação do CORI como pede o estatuto do clube.
Ressalta também o fato de o déficit superar 20% da receita, o que pode implicar exclusão do programa de refinanciamento Profut.
Nesse caso, a União poderá executar a dívida fiscal que é superior a R$ 300 milhões. Segundo o requerimento, o Corinthians possui receita em torno de R$ 450 milhões e, portanto, o déficit poderia alcançar até R$ 90 milhões.
Um dos signatários do requerimento é Felipe Ezabella, um dos líderes do grupo oposicionista Movimento Corinthians Grande e que concorreu à presidência na eleição passada.
O MCG tem tentado unir forças com outros setores de oposição e trabalha para conseguir apoios necessários para vencer o próximo pleito e tirar o grupo Renovação & Transparência que está no poder desde 2007.
Na segunda-feira passada, dia 6 de abril, realizou uma reunião virtual que reuniu mais de 50 pessoas para discutir os próximos passos das articulações. A novidade foi a participação do ex-presidente Mário Gobbi Filho, que surge como um nome forte na corrida eleitoral alvinegra.
Gobbi comandou o clube entre 2012 e 2014, período em que o Corinthians conquistou seus maiores títulos, a Libertadores da América e o bicampeonato do Mundial de Clubes da FIFA.
Durante seu pronunciamento na reunião do MCG, Gobbi não confirmou que irá concorrer, mas deixou claro que caso tome a decisão não aceitará qualquer tipo de barganha por cargos em sua possível gestão.
Segundo ele, para tirar o clube da atual situação caótica em que se encontra, será necessário realizar uma gestão austera e profissional com pessoas do mais alto nível em suas respectivas áreas de atuação.
Mário Gobbi tomou conhecimento do programa de gestão elaborado pelo MCG e gostou. Os próximos meses prometem ser de muita ebulição nos bastidores do Parque São Jorge.
Atualmente, apenas duas candidaturas à presidência foram lançadas oficialmente para as eleições no Corinthians: Augusto Melo (conhecido como Tio) e Paulo Garcia, empresário do grupo Kalunga.
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Roberto Maia é jornalista, cronista esportivo,editorda revista Qual Viagem e do Travelpedia.com.br