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O Insano troca-troca de treinadores no Brasileirão de 2019

Por Roberto Maia – Recentemente comentei aqui que a corda arrebentaria para o lado de Cuca no São Paulo e não deu outra. Mas se fosse somente ele a deixar o comando técnico de um clube da Série A do Brasileirão estaria tudo dentro da normalidade.

Desde o início do Campeonato Brasileiro deste ano, foram 14 os treinadores trocados. Alguns como Rogério Ceni no Cruzeiro após apenas sete jogos. A mais recente demissão foi a de Enderson Moreira, que deixou o Ceará e foi substituído por Adilson Batista.

A falta de planejamento de longo prazo e a incompetência dos dirigentes faz da profissão de treinador de futebol uma das mais instáveis no Brasil. Seis meses é o tempo médio em que ficam empregado nos clubes da elite do futebol brasileiro.

São Paulo – Após 21 jogos, o treinador Cuca pediu demissão e Fernando Diniz, que havia sido demitido pelo Fluminense assumiu o seu lugar. O coordenador técnico Vagner Mancini também deixou o Tricolor paulista.

Fernando Diniz - foto Rubens Chiri saopaulofc.net
Fernando Diniz – foto Rubens Chiri saopaulofc.net

Fluminense – Após ser xingado e chamado de burro por Paulo Henrique Ganso, Oswaldo de Oliveira – que substituiu Fernando Diniz – deixou o comando do Tricolor cariosa após apenas seis jogos. Diniz comandou o time em 15 jogos. Marcão, o auxiliar técnico do clube assumiu interinamente.

Palmeiras – Antes idolatrado pela torcida do Verdão, Felipão deixou o comando do time após 16 jogos no Brasileirão. Mano Menezes, demitido pelo Cruzeiro, assumiu o seu lugar.

Cruzeiro – Treze jogos ruins no Brasileirão bastaram para o time mineiro demitir Mano Menezes. Para o seu lugar a Raposa tirou Rogério Ceni do Fortaleza, que ficou apenas sete jogos no comando e também foi demitido. Abel Braga, que deixou o Flamengo em maio após apenas seis jogos, assumiu o comando do time mineiro que está na zona de rebaixamento.

Flamengo – Após a demissão de Abel Braga, o Rubro-Negro, foi buscar o português Jorge Jesus. É preciso ressaltar que a escolha foi a única que saiu da mesmice do futebol brasileiro.

Jorge Jesus - Foto Alexandre Vidal - Flamengo
Jorge Jesus – Foto Alexandre Vidal – Flamengo

Ceará – O mais recente demitido na Série A do Brasileirão foi Enderson Moreira, em 1º de outubro. Ele deixou o comando do time cearense após 22 jogos. No dia seguinte, Adilson Batista foi anunciado como o novo treinador.

Fortaleza – Rogério Ceni trocou o clube cearense pelo Cruzeiro. Em seu lugar assumiu o treinador Zé Ricardo, que nem esquentou o banco e foi mandado embora para possibilitar a recontratação de Ceni após ser demitido pelo Cruzeiro. Confesso que nunca vi algo parecido!

Internacional x Cruzeiro, segundo jogo das semifinais da Copa do Brasil 2019, no Beira Rio, em Porto Alegre/RS. Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro
PORTO ALEGRE/BRASIL (04.09.2019) Internacional x Cruzeiro, segundo jogo das semifinais da Copa do Brasil 2019, no Beira Rio, em Porto Alegre/RS. Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro

Goiás –Claudinei Oliveira deixou o comando do alviverde goiano após 12 jogos. Ney Franco, demitido pela Chapecoense foi o escolhido para assumir o time.

Chapecoense – Após 11 jogos, Ney Franco foi demitido na Chape, sendo substituído por Marquinhos Santos. O time ocupa a última colocação do Brasileirão e até a publicação desse texto Santos poderá estar desempregado. Não duvidem!

CSA – Com apenas nove jogos no comando da equipe alagoana, Marcelo Cabo foi substituído por Argel Fucks.

Avaí – Também após nove jogos, Geninho deixou o clube catarinense. Alberto Valentim ocupou o lugar.

Vasco – Alberto Valentin começou o ano no comando técnico do cruzmaltino. Foi substituído pelo interino Marcos Valadares, que pouco tempo depois deu lugar a Vanderlei Luxemburgo.

A insana troca de cadeiras entre os treinadores pode ter novos capítulos nas próximas rodadas do Brasileirão. Após derrota para o Vasco no meio da semana, quem está com a cabeça à prêmio é Rodrigo Santana no Atlético-MG. Os outros “professores” que ainda permanecem empregados são Fábio Carile (Corinthians), Eduardo Barroca (Botafogo), Odair Hellmann (Internacional), Renato Portaluppi (Grêmio), Tiago Nunes (Athlético-PR), Jorge Sampaoli (Santos) e Roger Machado (Bahia).

Quem será o próximo a perder o emprego?

Roberto Maia é jornalista, cronista esportivo, editor da revista Qual Viagem e do portal Travelpedia

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