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O que é Fan Token? Saiba mais sobre o crypto do futebol

A nova tecnologia Fan Token que chega ao futebol promete mais contato entre o torcedor e seu time

Com o crescimento do mercado online, ainda mais por conta dos efeitos da pandemia que impôs ao mundo o isolamento social, o setor do esporte não perdeu tempo e trouxe novas tecnologias para seu marketing. A mais recente, antes mesmo da pandemia, foi o Fan Token, mas o que os clubes querem com isso?

Trata-se de uma nova forma de ampliar a receita dos clubes e aproximar o público do seu time favorito. Foi em 2019 que a proposta do criptoativo surgiu pela primeira vez, e logo o Paris Saint-Germain, aproveitou o momento e anunciou por meio da contratação do jogador Lionel Messi Fan Token. Após o PSG, outros times europeus vieram em seguida, como o Barcelona e a Juventus.

A novidade se espalhou por todo o continente estrangeiro e hoje já chega aos times de casa, como Corinthians, Flamengo, Inter, Santos e Cruzeiro. Entenda como essa nova tecnologia funciona e quais são seus benefícios  

O que é Fan Token

Do que se trata o Fan Token?

Em primeiro momento: o que são os Fan Token’s? São criptoativos, não criptomoedas, apesar de as negociações serem feitas em plataformas semelhantes. Um criptoativo é um representante digital de ativos financeiros, protegido por uma blockchain, que será explicada mais adiante.

Por meio do token os clubes pretendem ampliar suas receitas financeiras e ao mesmo tempo beneficiar o investidor, torcedor ou consumidor que vier a comprar o criptoativo.

O torcedor ou interessado que adquire um fan token poderá ter maiores descontos em produtos oficiais, em ingressos, ou ser trocado em mercados secundários (que estejam envolvidos na transação de criptoativos) por outros tipos de desconto e produtos. Além disso, outro benefício dos fan tokens é dar ao consumidor poder de escolha sobre as decisões do time, como a música que tocará no estádio ou o uniforme que o time irá usar, isso ocorrerá por meio de enquetes nas plataformas digitais dos clubes.

Um adendo é que quanto mais tokens você tiver a sua disposição, maior será a relevância do seu posicionamento, mas é possível ter o direito de voto ao adquirir apenas um token.

Como funciona e como comprá-lo? 

Os fan tokens normalmente são criados a partir de uma blockchain, que são espécies de bases de dados distribuídos que guardam registros de transações econômicas permanentemente e rastreiam ativos financeiros, como por exemplo a Ethereum. No caso da principal emissora de tokens esportivos no mundo, a socios.com, a blockchain utilizada é a Chiliz(CHZ).

É a partir daí que a plataforma disponibiliza tokens para times internacionais como o Barcelona, Paris Saint-Germain, Juventus e times nacionais como Atlético Mineiro, Corinthians e Flamengo. Além disso, não só o futebol está envolvido com fan tokens, mas também o UFC, Formula 1 e até e-sports participam do socios.com.

Para realizar a compra do fan token, é necessário ter dinheiro real em mãos(euro, dólar, etc) para adquirir o criptoativo na própria socio.com ou em outro mercado de criptos. Existe também a plataforma Liqi, que disponibiliza tokens de outros times, como Cruzeiro.

O diferencial desse mercado é que os tokens disponíveis são atrelados ao mecanismo “Solidariedade da Fifa”, que gera lucro para o clube toda vez que um jogador formado em sua base é negociado, podendo chegar a 5% do valor da negociação. Esse tipo de token dá a oportunidade ao investidor de receber uma pequena parcela dessa porcentagem, de acordo com a quantia de tokens que possui.

Compensa investir em Fan Token?

São duas as modalidades de tokens apresentadas aqui, a primeira é de utilidade marcada pela maior participação na vida real do torcedor, e a segunda que dispõe do mecanismo de Solidariedade da Fifa, que promete retorno financeiro ao investidor do token. Apesar das opções, principalmente a segunda, os Fan Token’s não são necessariamente produtos de investimento.

Por ser um criptoativo, o token esportivo também está sob influência dos aspectos da vida real na sua valorização ou desvalorização, por exemplo, quando o PSG anunciou a entrada de Lionel Messi, o token($PSG) valorizou em 40%, porém, quando o clube perdeu a Champions League, desvalorizou em 20%. O próprio Messi recebeu parte do seu acordo de transferência em tokens, sendo possível vendê-los após a valorização, se o atleta quisesse.

É possível realizar negociação dos tokens nos mercados especializados, por produtos secundários da vida real, ou esperar pela valorização para a revenda, mas não se torna tão atrativa a proposta de investimento devido a instabilidade dos eventos.

Por exemplo, em relação ao mecanismo de Solidariedade da Fifa, existem regras sobre o recebimento desses lucros e, é claro, se esse lucro chegar, pois existem atletas que se fundam na base dos clubes e constroem suas carreiras ali mesmo, outro ponto é que o mecanismo é válido depois da primeira negociação do jogador, ou seja, o jogador se formou na base do clube e foi negociado pela primeira vez, o lucro não irá para o investidor, apenas para o clube.

A socios.com destaca que: sim, existe um mercado sobre a especulação dos tokens, mas o objetivo principal continua sendo sua utilidade para os torcedores. Vale lembrar que as desvantagens destacadas valem apenas para o mercado financeiro, os tokens, independente da situação, ainda continuam provendo sua principal funcionalidade que é oferecer serviços utilitários e acessibilidade ao consumidor.

Conclusão

Os fan tokens são criptoativos disponibilizados por clubes esportivos, como o futebol, por meio da compra do tokens o consumidor receberá utilidades diversas como descontos em produtos oficiais e participam nas decisões do time em questão, além disso, a aquisição irá prover uma fonte de receita para os clubes.

Outra modalidade de tokens, os que são vinculados ao mecanismo de solidariedade da Fifa trazem a proposta de investimento para o consumidor, anunciando retorno dos lucros do time na transação de atletas, é claro, isso possui regras específicas.

Ademais, os fan tokens participam, mesmo que esse não seja o objetivo, do mercado de criptos, podendo ser negociado em mercados específicos, aproveitando a valorização  do mesmo.

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