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Manifestações violentas de torcedores viraram rotina no futebol brasileiro

Cenas como as dos jogadores do Corinthians sendo ameaçados por integrantes de torcidas organizadas, quando desembarcaram no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, vindo do Rio de Janeiro após derrota para o Fluminense, nem causam mais tanto espanto. No Brasil, infelizmente, ações violentas como essa já são comuns e, pior, corriqueiras.

Ironia do destino é que no jogo contra o Tricolor carioca, os jogadores realizaram um minuto de protesto em repúdio à recente invasão do estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, durante treino da equipe do Figueirense. Na oportunidade, um grupo de 40 torcedores armados com porretes e disparando rojões, ameaçou e agrediu jogadores – um dia após a derrota por 1 a 0 para o Paraná, pela Série B.

A Polícia Civil de Santa Catarina está investigando e analisando imagens cedidas pelo Figueirense. O inquérito policial apura os crimes de lesão corporal, ameaça, danos ao patrimônio e promoção de tumulto em estádio de futebol. Resta saber se os responsáveis serão identificados e punidos exemplarmente. A prática comum nesses casos são as diretorias dos clubes “passarem pano” nas atitudes violentas das suas torcidas organizadas.

No caso que envolveu os jogadores do Corinthians nem um boletim de ocorrência foi lavrado. O clube se limitou a divulgar nas redes sociais uma fria nota de repudio onde lamentou o fato. Provavelmente ninguém será responsabilizado, apesar das muitas imagens que circularam nas redes sociais, além das câmeras de segurança do aeroporto.

Torcida do Corinthians apoia o time durante todo o jogo, mas também cobra e ameaça jogadores (Foto: Tino Simões)

O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, lamentou o ocorrido mas contemporizou a atitude dos torcedores. Segundo ele, as portas do CT sempre estiveram abertas para os torcedores realizarem “reuniões de cobranças” com jogadores e comissão técnica. Ele diz isso como se fosse a coisa mais normal no futebol mundial. Não fossem os seguranças do aeroporto que ajudaram os do clube, agressões poderiam ter acontecido.

Em fevereiro de 2014, torcedores do Corinthians fizeram algo parecido com o que aconteceu com o time do Figueirense. Durante um treino no Centro de Treinamento do Timão, um grande grupo de torcedores invadiu as dependências e ameaçou de agressão o elenco durante um treinamento. Os jogadores tiveram que se esconder em uma das salas para não serem agredidos. Com medo, chegaram a colocar armários atrás da porta para que ela não fosse arrombada. O então treinador Mano Menezes e os jogadores Emerson Sheik e Alexandre Pato foram os mais visados. A polícia foi acionada e os torcedores se retiraram após negociação. E, apesar das inúmeras imagens disponíveis ninguém foi preso ou responsabilizado. E, pior, a própria direção do Alvinegro disse que as imagens das câmeras de segurança sumiram.

Até o ídolo Cássio, um dos maiores goleiros da história do Timão, foi vítima da fúria dos torcedores (Foto: Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians)

Mas os ataques dos torcedores contra jogadores não são coisa recente. Em 1997, após um jogo contra o Santos na Vila Belmiro, o ônibus que transportava os jogadores do Corinthians de volta a São Paulo sofreu uma emboscada na Rodovia dos Imigrantes. O veículo teve a passagem bloqueada por outro ônibus com cerca de 40 torcedores a bordo, que atacaram o busão do Timão com paus e pedras. Vidros foram estilhaçados e o meia Rincón ficou ferido. O motorista do ônibus corinthiano não abriu a porta, apesar dos pedidos dos violentos agressores, o que evitou uma tragédia. Claro, ninguém foi identificado e nem responsabilizado.

O fato é que ao longo dos anos nos acostumamos a ver notícias de manifestações violentas de torcedores contra jogadores do próprio time. Aconteceu com o Palmeiras, o São Paulo, o Flamengo, a Ponte Preta e tantos outros clubes país afora.

A pergunta que fica é quem pode fazer alguma coisa para acabar com esse jeito violento de cobrar tão comum entre torcedores brasileiros? Os clubes evitam ir fundo com medo de represarias. Então cabe aos órgãos de segurança e ao Ministério Público tomar providências. Antes que algo pior aconteça.

Roberto Maia é jornalista, cronista esportivo, editor de revista Qual Viagem e do portal Travelpedia.

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