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O que será do futebol brasileiro após o fim da pandemia?

O que será do futebol? Recentemente comentei nesse espaço que a Federação Internacional de Futebol (FIFA) havia comunicado através do seu presidente Gianni Infantino, uma série de ações em auxílio ao futebol.

Na oportunidade ele disse que a entidade máxima do futebol mundial estava planejando a criação de um fundo global de assistência aos que forem afetados pela crise global causada pelo novo coronavírus (covid-19) e, também, para resolver situações contratuais de jogadores ao final da temporada, além da doação de US$ 10 milhões à Organização Mundial da Saúde (OMS) para o combate à pandemia.

No dia 31 de maço, a FIFA confirmou que o plano irá disponibilizar cerca de US$ 1,5 bilhão – algo em torno de R$ 7,8 bilhões – das suas reservas.

O objetivo é auxiliar a comunidade do futebol em todo o mundo, que está abalada pelas perdas causadas pela paralisação dos campeonatos. A liberação dos recursos do fundo ainda depende de aprovação do conselho consultivo da Federação. Segundo o mais recente balanço da entidade, há cerca de US$ 2,74 bilhões – mais ou menos R$ 14,24 bilhões – em caixa.

FIFA irá disponibilizar R$ 7,8 bilhões para auxiliar o futebol em todo o mundo (Foto: FIFA.com/Divulgação)

Veja o que os craques Messi , Ibra e o CR7 estão fazendo na pandemia!

Enquanto isso, no Brasil,

Não há nenhuma sinalização de como se dará o retorno das atividades esportivas quando o isolamento domiciliar for suspenso.

Clubes tentam, individualmente, negociar com seus atletas e comissões técnicas, formas de reduções de salários para que possam continuar honrando os compromissos com a folha de pagamento. Ficou definido que os atletas estarão em férias coletivas entre os dias 1º e 20 de abril.

A Federação Nacional de Atletas de Futebol Profissional (Fenapaf) e o Sindicato dos Atletas de Futebol demonstram interesse e negociam com clubes, Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e Rede Globo. Além do tema redução salarial também demonstram preocupação quanto à indefinição sobre a conclusão dos campeonatos estaduais paralisados por causa da pandemia.

As entidades que representam os jogadores também estão sugerindo à CBF um novo modelo de disputa para o Campeonato Brasileiro 2020, com menos datas que o normal.

Eles entendem que dependendo de quando as atividades voltarem ao normal, o Brasileirão somente conhecerá o campeão da temporada em 2021.

A proposta apresentada contempla um campeonato com dois grupos de dez times jogando entre si. O campeão seria conhecido em jogos entre os dois primeiros colocados de cada um dos grupos.

Essa ideia, porém, não agrada à Rede Globo que há muitos anos tem o futebol em sua grade de programação e contrato garante a transmissão de jogos das 38 rodadas. O Brasileirão está previsto para começar no primeiro final de semana de maio, no sistema de pontos corridos.

Se a pandemia deixar, o Brasileirão 2020 terá início no primeiro final de semana de maio (Foto: CBF/Divulgação)

Mas tudo vai depender de quando as atividades voltarão ao normal. No melhor dos cenários, dia 20 os jogadores retornam das férias/isolamento e iniciam os treinos.

A inatividade exigirá no mínimo 15 dias para começarem a readquirir a forma física. O que coincidirá com o início do Brasileirão. Nesse caso, como ficaria a conclusão dos campeonatos estaduais?

Talvez possam ser utilizadas datas entre junho e julho, período em que seria realizada a Copa América, que foi adiada para o próximo ano.

O problema será se a pandemia avançar além de abril aqui no Brasil, levando a medidas mais rigorosas para a contenção do covid-19.

Nesse caso o futebol não será o mais importante e sim a manutenção da saúde de todos. Afinal, precisamos estar bem para quando tudo isso passar e podermos voltar a lotar os estádios para assistir aos times de coração. Portanto, agora, fique em casa!

Atualizando,

Dia 6 de abril a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou que vai destinar R$ 19 milhões  para a base da pirâmide do futebol coordenado pela entidade em competições de nível nacional, em função das dificuldades causadas pela pandemia do novo coronavírus.

Cada clube que disputa as séries C e D do Campeonato Brasileiro vai receber um auxílio financeiro direto no valor equivalente a duas vezes a folha salarial média dos atletas de cada uma dessas divisões, segundo dados apurados no sistema de registro de contratos da CBF.

A mesma medida será aplicada ao futebol feminino e destinada aos clubes que disputam as Séries A1 e A2 do Campeonato Brasileiro.

Serão beneficiados 140 clubes, em uma ação realizada pela CBF com o apoio das Federações Estaduais.

O objetivo é colaborar para que esses clubes possam cumprir seus compromissos com os jogadores e jogadoras durante o período de paralisação do futebol. Além disso, a CBF decidiu doar para cada uma das Federações Estaduais o valor de R$ 120.000,00 (Cento e vinte mil reais).

Roberto Maia é jornalista, cronista esportivo,editorda revista Qual Viagem e do Travelpedia.com.br

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