Ultimamente cresceu a discussão entre torcedores nas mídias sociais sobre a criação de clube empresa no Brasil. Interessante ver o torcedor preocupado com essa questão que pode mudar muita coisa no futebol praticado no país nos próximos anos.
Os clubes brasileiros vivem momento difícil financeiramente, uma situação que se agravou ainda mais com a pandemia do novo coronavírus. Após a paralização dos campeonatos a bola voltou a rolar com jogos envoltos por rígidos protocolos e com os estádios vazios, sem os torcedores, a razão maior do futebol.
Sem público os clubes perderam a receita vinda da venda dos ingressos e o que já estava ruim ficou pior. Paralelamente muitas empresas patrocinadoras, vítimas também da crise na economia, romperam contratos. Até a transferência de atletas diminuiu. Restou apenas a cota paga pela transmissão dos jogos pela televisão.
O Cruzeiro foi o primeiro time grande a “quebrar” financeiramente. Se não bastasse ainda foi rebaixado para a Série B do Brasileirão, tornando tudo ainda mais difícil. Mesma situação vivida por Botafogo e Vasco que também acumulam dividas enormes.
Entretanto, como sempre acontece em momentos como esse, surge uma solução política para socorrer os clubes de futebol sufocados pelas dívidas. Um projeto que a tempos estava engavetado no Senado Federal foi colocado em pauta e reabriu as discussões para encontrar uma alternativa de socorro. Senadores voltaram a analisar a criação da Sociedade Anônima do Futebol, um novo modelo de clube-empresa no futebol brasileiro.
O autor do projeto é o próprio presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Ele definiu como relator o senador Carlos Portinho (PL-RJ), que já se reuniu com dirigentes de clubes, atletas e credores em busca de apoio ao projeto.
O modelo proposto apresenta a opção facultativa aos clubes de se transformarem em clube-empresa. Assim, aqueles que desejarem poderão permanecer como associações civis sem fins lucrativos. Entretanto, caso optem por se tornarem uma Sociedade Anônima do Futebol, os clubes teriam garantido o pagamento das dívidas passadas em um acordo de longo prazo. Também poderão contar com recursos de investidores, que passariam a ser sócios da empresa e ainda pagariam impostos ao governo, o que hoje as associações não fazem.
Mas clube-empresa no país não é nenhuma novidade. Desde 1988, a Lei Pelé já garante essa possibilidade, mas que nunca atraiu os clubes brasileiros. Atualmente, o Red Bull Bragantino é o melhor exemplo de clube-empresa no Brasil. A empresa produtora do famoso energético também é dona do Red Bull Leipzig, na Alemanha, e do Red Bull Salzubrg, na Áustria.
Torcedores dos grandes clubes brasileiros torcem o nariz e temem que essa nova tentativa de criar o clube-empresa seja uma maneira de privatizar os clubes, que passariam a ter donos. Modelo que existe há muito tempo na Europa, principalmente entre os clubes ingleses. Entretanto, nas últimas duas décadas, tradicionais clubes do continente foram adquiridos por milionários de diversas partes do mundo. Real Madrid e Barcelona, na Espanha, estão entre as poucas exceções.
Caso seja aprovado no Senado, o projeto será enviado à Câmara Federal para ser apreciado pelos deputados. Se também obtiver também o sinal verde seguirá para a sansão do presidente Jair Bolsonaro.
Roberto Maia é jornalista, cronista esportivo, editor de revista Qual Viagem e do portal Travelpedia.
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